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Teoria do apego

An Inuit family is sitting on a log outside their tent. The parents, wearing warm clothing made of animal skins, are engaged in domestic tasks. Between them sits a toddler, also in skin clothes, staring at the câmera. On the mother's back is a baby in a papoose.
Para bebês e crianças de colo, a "meta" do sistema comportamental de apego é manter ou alcançar proximidade com figuras de apego, geralmente os pais.

Teoria do apego (português brasileiro) ou teoria da vinculação (português europeu) é a teoria que descreve certos aspectos a curto e longo-termo de relacionamentos entre humanos e entre outros primatas. Seu princípio mais importante declara que um recém-nascido precisa desenvolver um relacionamento com, pelo menos, um cuidador primário para que seu desenvolvimento social e emocional ocorra normalmente. A teoria do apego é um estudo interdisciplinar que abrange os campos das teorias psicológica, evolutiva e etológica. Imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, as crianças órfãs e sem lar apresentaram muitas dificuldades,[1] e o psiquiatra e psicanalista John Bowlby foi convidado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a escrever um panfleto sobre o assunto. Posteriormente, ele formulou a teoria do apego.

Os bebês apegam-se a adultos que são sensíveis e receptivos às relações sociais com eles, e que permanecem como cuidadores compatíveis por alguns meses durante o período de cerca de seis meses a dois anos de idade. Quando um bebê começa a engatinhar e a andar, ele começa a usar as figuras de apego (pessoas conhecidas) como uma base segura para explorar mais e voltar de novo a eles. A reação dos pais leva ao desenvolvimento de padrões de apego; estes, por sua vez, levam aos modelos internos de funcionamento, que irão guiar as percepções individuais, emoções, pensamentos e expectativas em relacionamentos posteriores.[2] A ansiedade pela separação ou dor após a perda de uma figura de apego é considerada uma reação normal e adaptável para um recém-nascido apegado. Estes comportamentos podem ter evoluído porque aumentam a probabilidade de sobrevivência da criança.[3]

O comportamento infantil associado ao apego é principalmente a busca por proximidade a uma figura de apego. Para formular uma teoria abrangente sobre a natureza das ligações afetivas prematuras, Bowlby explorou uma variedade de campos, incluindo biologia evolutiva, teoria da relação de objetos (um ramo da psicanálise), teoria de sistemas de controle, e campos da etologia e da psicologia cognitiva.[4] Após documentos preliminares a partir de 1958, Bowlby publicou um estudo completo em três volumes Apego, Separação e Perda (1969–82).

As pesquisas feitas pela psicóloga do desenvolvimento Mary Ainsworth nas décadas de 1960 e 70, reforçaram os conceitos básicos, introduziram o conceito de "base segura"[5] e desenvolveram a teoria de um número de padrões de apego em recém-nascidos: apego seguro, apego inseguro-evitativo e apego inseguro-ambivalente. Posteriormente, foi identificado um quarto padrão, o apego desorganizado.[6]

Na década de 1980, a teoria foi estendida para apego em adultos.[7] Outras interações podem ser interpretadas como componentes do comportamento de apego; estes incluem relacionamentos entre pares em qualquer faixa etária, atração romântica e sexual, e reações quanto à necessidade de cuidado de recém-nascidos, doentes ou idosos.

Nos primórdios da teoria, psicólogos acadêmicos criticaram Bowlby, e a comunidade psicanalítica o isolou por seu afastamento dos princípios psicanalíticos;[8] no entanto, a teoria do apego tornou-se, desde então, "a abordagem dominante para a compreensão do desenvolvimento social precoce, e deu origem a um grande surto de pesquisas empíricas sobre a formação de relacionamentos estreitos em crianças".[9] Críticas posteriores à teoria do apego referem-se ao temperamento, à complexidade das relações sociais e às limitações dos padrões discretos para as classificações. A teoria do apego tem sido significativamente modificada como resultado de pesquisas empíricas, mas os conceitos tornaram-se geralmente aceitos.[8] A teoria do apego tem formado a base de novas terapias e esclarecido as já existentes, e seus conceitos têm sido usados na formulação de políticas sociais e de amparo de crianças para dar apoio aos primeiros relacionamentos de vinculação das crianças.[10]

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Cassidy
  2. Bretherton I, Munholland KA (1999). «Internal Working Models in Attachment Relationships: A Construct Revisited». In: Cassidy J, Shaver PR. Handbook of Attachment: Theory, Research and Clinical Applications (em inglês). New York: Guilford Press. pp. 89–114. ISBN 1-57230-087-6 
  3. Prior and Glaser p. 17.
  4. Simpson JA (1999). «Attachment Theory in Modern Evolutionary Perspective». In: Cassidy J, Shaver PR. Handbook of Attachment: Theory, Research and Clinical Applications (em inglês). New York: Guilford Press. pp. 115–40. ISBN 1-57230-087-6 
  5. Bretherton I (1992). «The Origins of Attachment Theory: John Bowlby and Mary Ainsworth». Developmental Psychology (em inglês). 28 (5): 759. doi:10.1037/0012-1649.28.5.759 
  6. N.J. Salkind: Child Development 2002, page 34
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Hazan, Shaver,1987
  8. a b Rutter, Michael (1995). «Clinical Implications of Attachment Concepts: Retrospect and Prospect». Journal of Child Psychology & Psychiatry (em inglês). 36 (4): 549–71. PMID 7650083. doi:10.1111/j.1469-7610.1995.tb02314.x 
  9. Schaffer R (2007). Introducing Child Psychology (em inglês). Oxford: Blackwell. pp. 83–121. ISBN 0-631-21628-6 
  10. Berlin L, Zeanah CH, Lieberman AF (2008). «Prevention and Intervention Programs for Supporting Early Attachment Security». In: Cassidy J, Shaver PR. Handbook of Attachment: Theory, Research and Clinical Applications (em inglês). New York and London: Guilford Press. pp. 745–61. ISBN 9781606230282 

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