A Ontopsicologia é uma pseudociência de caráter sectário criada pelo ex-frade franciscano nascido na Itália e radicado no Brasil, Antonio Meneghetti,[1][2][3][4][5][6] cujo ideário tem origens na teologia católica e na escolástica.[7] Baseia-se em três princípios fundamentais criados por Meneghetti: o em si ôntico, o campo semântico e o monitor de deflexão.
É considerada por seus adeptos como uma ciência interdisciplinar que posiciona a própria metodologia a serviço da medicina, da filosofia, da economia, da administração, do direito, da tecnologia, da arte e a tudo o que diz respeito à criatividade do homem,[8][9] busca aceitação acadêmica[1] como atividade dedicada à formação de líderes e como disciplina voltada à análise da psicologia humana aplicada a todas as áreas do conhecimento.[10]
A Associação Brasileira de Ontopsicologia oferece cursos de formação de líderes em Recanto Maestro, distrito da cidade gaúcha de São João do Polêsine, em que se preconiza o desapego das relações afetivas em nome do sucesso material.[1][3]
O ontopsicologia é explicitamente repudiada pelo Conselho Federal de Psicologia do Brasil,[3] pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul[11] e pela Ordem Nacional dos Psicólogos da Itália,[12] que não autorizam seu uso por psicólogos nesses países. O Conselho Federal de Medicina no Rio Grande do Sul também se opôs à prática da ontopsicologia por não ter bases científica e não haver segurança em seu uso.[13] Embora Antonio Meneghetti tenha buscado aceitação pelos conselhos de psicologia da Itália e do Brasil,[6] seu atuais seguidores afirmam que ela não se confunde com a psicologia.[14]
O jornalista italiano Gianni del Vecchio considera a ontopsicologia uma seita perigosa, semelhante à cientologia e à Damanhur, que operam de forma sigilosa acumulando dinheiro e arruinando vidas.[4] Em 1998 o Ministério Público Italiano listou a ontopsicologia entre as novas seitas e movimentos mágicos no país.[4] O jornal italiano La Repubblica definiu a ontopsicologia como um credo que oscila entre a pseudociência e o exorcismo.[15] Paulo Almeida, um dos fundadores do Instituto Questão de Ciência também aproxima a ontopsicologia de um culto religioso.[6]
many exotic and often dubious practices identified as “psychological” were used in Russia, and and sometimes made it into the curricula in Russia. One of the most notorious examples is the ontopsychology of Antonio Meneghetti.
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Primeiramente, a Ontopsicologia não faz parte da Psicologia enquanto ciência e profissão, não se constitui em uma teoria ou técnica a ser utilizada em processos psicológicos ou mesmo psicoterápicos pelo psicólogo. Dessa forma, seu uso por parte de psicólogos infringe a ética profissional, podendo ser responsabilizado formalmente perante o órgão de classe.