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Crise militar no Brasil em 2021

O presidente Jair Bolsonaro e autoridades militares, em dezembro de 2020

Uma crise militar foi desencadeada em março de 2021 quando as mais altas autoridades militares brasileiras renunciaram como resposta às tentativas do presidente Jair Bolsonaro de politizar as Forças Armadas.[1][2] Desde o início de seu governo, Bolsonaro nomeou uma quantidade sem precedentes de militares para funções de caráter civil, buscando receber, em troca, apoio dos militares, inclusive através de manifestações públicas favoráveis às políticas de seu governo e contrárias às medidas adotadas pelos governadores para o enfrentamento da pandemia de COVID-19,[3][4] além da defesa da decretação do Estado de Defesa, como forma de aumentar seus poderes.[5]

Em 29 de março, após ser demitido pelo presidente, o ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva declarou ter preservado as Forças Armadas como "instituições de Estado."[6] No dia seguinte, os comandantes Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) resignaram, em um ato inédito na Nova República.[7][8] A renúncia coletiva dos comandantes buscou demonstrar a contrariedade a qualquer interferência política dos militares.[9] No entanto, a crise gerou preocupações relacionadas à politização das Forças Armadas e à possibilidade de o presidente Bolsonaro planejar um autogolpe.[10][11]

  1. «Politização das Forças Armadas e promiscuidade com governo gestaram crise inédita, dizem especialistas». Folha de S. Paulo. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  2. Carla Jiménez (30 de março de 2021). «Troca na Defesa denuncia crise militar e marca divisão entre generais sobre radicalismo de Bolsonaro». El País. Consultado em 31 de março de 2021 
  3. Géssica Brandino e Renata Galf (28 de fevereiro de 2021). «Entenda a militarização do governo Bolsonaro e as ameaças que isso representa». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 
  4. Andréia Sadi (30 de março de 2021). «Para generais, Bolsonaro busca uso político das Forças, perfil como de Villas Bôas no Exército e 'recados de apoio' nas redes sociais». G1. Consultado em 31 de março de 2021 
  5. Ricardo Kotscho (29 de março de 2021). «Recusa em apoiar Estado de Sítio levou à demissão do ministro da Defesa». Uol. Consultado em 31 de março de 2021 
  6. Guilherme Mazui, Roniara Castilhos e Mateus Rodrigues (29 de março de 2021). «Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva deixa o cargo». G1. Consultado em 31 de março de 2021 
  7. «Chefes das Forças Armadas deixam cargos: repercussão». G1. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  8. «Comandantes das Forças Armadas pedem demissão em protesto contra Bolsonaro». Folha de S. Paulo. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  9. Igor Gielow (29 de março de 2021). «Comandantes militares colocam cargos à disposição e descartam golpismo». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 
  10. «Crise militar, truque sujo de autogolpista». O Estado de S. Paulo. 31 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  11. Mônica Bergamo (30 de março de 2021). «Bolsonaro quebra hierarquia para tentar auto-golpe depois de levar país à anarquia, avaliam partidos e ministros do STF». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 

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