Our website is made possible by displaying online advertisements to our visitors.
Please consider supporting us by disabling your ad blocker.

Responsive image


Naturphilosophie

Schelling, Introdução ao Esboço de um Sistema da Naturphilosophie, 1799

Naturphilosophie (do alemão, lit. "filosofia da natureza"), também referida por vezes como romantische Naturphilosophie ("filosofia natural romântica"),[1][2] designa um conjunto de correntes da tradição filosófica do idealismo alemão aplicadas ao estudo da natureza no início do século XIX. Foi o tipo de filosofia da natureza que predominou essencialmente nos movimentos literários, filosóficos e científicos na Alemanha entre 1790 e até cerca de 1830.[3] Não possuindo obras canônicas, encontram-se diversos sistemas de Naturphilosophie[4] entre vários pensadores românticos e pós-kantianos, mas foi sistematizada principalmente a partir de Schelling.[5]

A Naturphilosophie se caracterizava por uma visão orgânica, vitalista e holística da Natureza, buscando superar um mecanicismo e reducionismo da ciência predominante. Ela partia do princípio de se investigar uma unidade entre polaridades como o empirismo e a metafísica; o ser humano, sua história e o mundo; o subjetivo e o objetivo; a mente e a matéria. Assim, exaltavam a intuição e a especulação de relações simbólicas entre fenômenos e suas conexões a princípios ideais. Isso proporcionou insights teóricos que permitiram avanços na ciência, bem como a valorização de sentidos subjetivos, sociais e históricos aplicados às ciências naturais. Seus principais expoentes incluem Schelling, Goethe, Oken, Hegel, Ritter e Carus,[2] bem como Fichte, Schlegel e Novalis.[6][7]

A tradução literal para a expressão "filosofia da natureza" pode ser enganosa, porque já existia uma filosofia natural muito antes deste movimento aparecer. É, portanto, preferível manter o seu nome Naturphilosophie sem tradução.[8]

  1. Köchy, Kristian (7 de junho de 2021). «Romantische Naturphilosophie». Online Encyclopedia Philosophy of Nature | Online Lexikon Naturphilosophie. doi:10.11588/oepn.2021.1.80608. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2023 
  2. a b Lenoir, Timothy (1978). «Generational Factors in the Origin of "Romantische Naturphilosophie"». Journal of the History of Biology. 9 (1): 57–100. ISSN 0022-5010 
  3. Heidelberger, Michael (1998). «Naturphilosophie». Routledge Encyclopedia of Philosophy (em inglês) 
  4. Gambarotto, Andrea (junho de 2017). «Lorenz Oken (1779–1851): Naturphilosophie and the reform of natural history». The British Journal for the History of Science (em inglês) (2): 329–340. ISSN 0007-0874. doi:10.1017/S0007087417000310 
  5. Stone, Alison (5 de fevereiro de 2015). «Philosophy of Nature». In: Forster, Michael N.; Gjesdal, Kristin. The Oxford Handbook of German Philosophy in the Nineteenth Century (em inglês). [S.l.]: OUP Oxford 
  6. Massimi, Michela (24 de agosto de 2017). «Philosophy and the Chemical Revolution after Kant». In: Ameriks, Karl. The Cambridge Companion to German Idealism (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  7. Beiser, Frederick (24 de agosto de 2017). «The Enlightenment and Idealism». In: Ameriks, Karl. The Cambridge Companion to German Idealism (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  8. Blay, Michel (2013). Dictionnaire des concepts philosophiques. p. 553.

Previous Page Next Page